PISTAS PARA O TESOURO

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Quando a roupa não esconde a nudez

Um cliente apressado e distraído deu um encontrão na Marta e derramou-lhe uma garrafa de água meio cheia no peito. Quando Sofia se aproximou para emprestar um lenço reparou que a camisa molhada não conseguia ocultar nem os detalhes do volume nem o opulento contorno do seio esquerdo. O mamilo parecia querer romper os tecidos, agora quase transparentes, do soutien e da camisa de linho branco e projectava-se para a frente como um espigão, ameaçador mas cativante.
O campo visual de Sofia estreitou-se até ficar reduzido a um fino foco, rigidamente dirigido para o peito molhado de Marta, como se fosse para lá atraído por uma força física mais forte que o magnetismo ou a gravidade terrestre. Se os olhos tivessem lábios e o olhar pudesse beijar e chupar, Marta teria sentido os seus seios invadidos por uma sôfrega legião de carícias. E não é preciso ser especialista em estratégia militar para prever que o primeiro e mais forte ataque seria desferido contra o mamilo esquerdo.
Quando voltou as costas a Marta para voltar para a sua secretária, Sofia sentia-se mais excitada do que alguma vez se sentira na vida. Era como se um fogo, morno mas veemente, lhe ardesse no peito e lhe aquecesse o sangue. Sentiu o sexo ficar húmido e latejante e os seios endurecerem. Um arrepio delicioso percorreu-a dos pés à cabeça, fazendo-a suspirar. Por instantes teve a sensação de estar nua, como se a ardente agitação que tomara conta dela tivesse feito desvanecer as suas roupas. Era como se as pessoas que estavam na sala estivessem a ver, com os mesmos olhos com que viam os móveis e as paredes, o seu desejo por Marta e a tesão que sentia.
Olhou à volta. Nenhum colega estava sequer a olhar para ela. Marta acabara de secar a camisa molhada com os lenços emprestados pelos colegas e retomara o seu trabalho. Ao sentar-se atrás das muralhas da sua secretária, Sofia puxou a curta saia um pouco para cima. Tocou discretamente com a mão nos seios. Os mamilos erectos pareciam estar a chamar os dedos e a pedir-lhes carícias. Meteu a outra mão entre as pernas. As cuecas estavam um bocadinho molhadas. Desviou-as para o lado e empurrou os dedos para a frente e depois moveu-os para baixo e para cima. No preciso momento em que tocou no clítoris olhou para Marta. Esta tinha desapertado um botão da camisa e a posição em que estava sentada deixava ver quase metade dos seios. Quando reparou no olhar de Sofia sorriu amigavelmente. O sorriso de Marta foi como um choque eléctrico. Sofia esfregou furiosamente o clítoris e teve de conter um gemido. Retirou a mão, puxou a saia para baixo e levantou-se. Precisava de se masturbar e descarregar aquela tensão, senão ainda criava um escândalo. Enquanto se dirigia à casa de banho sorriu para Marta e piscou-lhe o olho. “Marta, minha querida, um dia destes iremos aquela casa de banho as duas e a minha cona em vez de sentir os meus dedos sentirá a tua língua”, murmurou.

13 comentários:

  1. Aqui é bem diferente de tudo o que eu leio diariamente, mas não deixa de ser bom!

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  2. É essa Maria e seus escrúpulos a privaram de realizar o que murmurou. Também a outra podia não topar!

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  3. Sua escrita é fantástica. Cada detalhe é contado de modo único e nos envolve até o fim!

    Parabéns!
    Obrigada pela visita!
    Bjoss

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  4. ...ai que calor!!!


    ufaaaaaaaaaaaa!!!

    rsrs

    bjs e obrigada pela visita!


    fui mas volto!

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  5. Obrigada pela visita ao meu blog. O poema realmente fala à alma.
    Como gesto de boas-vindas, peço aos meus comentadores para que me enviem um poema do seu autor favorito que eu comento como faço sempre.
    Se quiser enviar, terei todo o prazer em comentar o poema escolhido.
    Beijos e abraços
    Marta

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  6. OBRIGADA PELA VISITA. MUITO ERÓTICO...

    SAUDAÇÕES

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  7. Obrigada pela visita!
    Como diz a minha Amiga VIVI:fui,mas volto!
    isa.

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  8. Que texto delicioso, adorei!
    Quanto ao boneco de silicone...ah, meu querido! Um desses aqui em casa ia muito bem....rsrs...cada um com seus gostos...mas te digo que me agrada e muito!
    Beijos.

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  9. Muito bom. Haja vontade e coragem para ousar.

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  10. Eu gostei do teu comentário lá no blog.
    E de repente é isso, os sentimentos é que a usam, e não o contrário. Sobre o conto que li agora, só tenho elogios. Muito bom, forte e meche com a imaginação.

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  11. Estou te seguindo. Adorei sua visita e vc escreve muitíssimo bem!

    Besos

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