PISTAS PARA O TESOURO

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A memória de um príncipe

Tinha sido a primeira vez. Sebastião sugerira que fossem até ao castelo. Não havia turistas e o velho guarda lia o jornal no seu cantinho, indiferente à memória dos reis e dos príncipes. Entre os dois criara-se um ambiente peculiar, uma mistura de cumplicidade e tensão. Ao subirem as íngremes e estreitas escadas para as muralhas e para as torres do castelo, cada um deles tocava com as mãos, e às vezes com os joelhos, no corpo do que ia à frente. Um observador não pensaria que eram propositados, mas a verdade é que esses toques se repetiram várias vezes. Quando era Sebastião que ia à frente, parava por vezes de repente e o corpo do outro rapaz ia chocar contra o seu. Sebastião demorava um bocadinho a afastar-se e tinha a sensação que o outro também.

Por fim, foram até à torre mais alta. Lá de cima avistavam-se léguas e léguas de campos agrícolas e pequenos bosques. Sebastião deixou o outro chegar primeiro às ameias. "Que bonito que isto é! Olha aquele cavalo além." Sebastião espreitou por cima do ombro dele. "Onde?" Aproximou-se mais, como se quisesse perceber para onde estava ele a apontar, e encostou-se ao de leve no seu corpo. Enquanto apontava para um campo onde pastava um belo cavalo preto, o outro rapaz chegou-se ligeiramente para trás. Sebastião não recuou, pelo que os corpos de ambos ficaram colados. Eram da mesma altura e por isso a erecção de Sebastião ficou encostada ao traseiro do rapaz. Este fez um pequeno movimento para trás e Sebastião correspondeu com um movimento para a frente. O pénis de Sebastião parecia querer sair das calças. Sem afrouxar a pressão, e sem dizer palavra, ambos repetiram os movimentos para trás e para diante. A respiração dos dois tornou-se um pouco mais tensa. Sebastião agarrou a cintura  do rapaz com uma mão e com a outra tocou-lhe no pénis. Mesmo com as cuecas e as calças por cima calculou que fosse maior que o seu. Deslumbrado com o prazer que sentia, mas também com a novidade da experiência, apalpou o pénis  do rapaz com vivacidade enquanto se esfregava vigorosamente no seu traseiro. Era bom. Era mais do que bom. O outro rapaz desapertou o botão das calças e baixou-as um pouco, como se abrisse a porta de sua casa e pedisse a Sebastião para entrar.

1 comentário:

  1. Háno texto algo que não faz sentido. Um homem, hetero, não escreve assim. Só mesmo o Amodôvar era capaz de fazer um filme destes. Desconfio...

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