PISTAS PARA O TESOURO

terça-feira, 16 de março de 2010

Patriotismo

Maria nunca soube explicar bem o que lhe passou pela cabeça naquele dia, mas, em tom de brincadeira, disse a uma amiga que tinha sido “um acto de patriotismo”. O rapaz não era especialmente bonito, embora a farda de soldado e os caracóis louros lhe ficassem bem. Depois de lhe ter dado a informação pedida, e quando ele já se começara a afastar sorrindo e agradecendo, Maria puxou-o por um braço. Sem dizer palavra, arrastou-o até um canto discreto do jardim. Beijou-o na boca. O rapaz, apesar da surpresa, correspondeu e a sua língua invadiu a boca de Maria. Esta jogou-lhe a mão ao sexo. Apalpou por cima das calças verdes até sentir o volume aumentar. Apressada, talvez para evitar pensar no que estava a fazer, desapertou-lhe as calças e fê-lo sentar num banco de pedra que ali havia. Enquanto massajava o pénis erecto com uma mão, com a outra tirou as cuecas. Sentou-se no colo do rapaz e, sem mais preparações, cravou nas suas ansiosas entranhas o viril membro. Apertou-lhe as pernas com as suas e começou a cavalgar. Fechou a boca do rapaz com um beijo de boca escancarada para evitar que os seus gemidos soassem mais alto que o maravilhoso canto dos pássaros que, naquele soalheiro dia de Primavera, enchia os ares. Quando se levantou, ainda com a respiração alterada pelo prazer, corria-lhe por uma perna abaixo um fio de esperma. O rapaz ficou sentado, com o pénis flácido pousado no verde das calças de soldado, e resfolegava como um cavalo jovem e ainda pouco habituado à corrida. Maria limpou o sexo e depois a perna com as cuecas e foi embora. O rapaz chamou-a, perguntou-lhe como se chamava e se podia acompanhá-la um pouco, mas ela nem sequer olhou para trás. Nunca mais o viu.

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