PISTAS PARA O TESOURO

terça-feira, 9 de março de 2010

O prazer das ideias

Quando o rapaz desapertou os botões das calças, Sebastião não se fez rogado e jogou a mão na direcção do volume que magnetizava os seus olhos. Apalpou primeiro por cima das cuecas, mas depois - empurrado por uma urgência nascida dentro das suas próprias cuecas - enfiou a mão lá dentro. Que mata! O contacto com os abundantes e ásperos pentelhos do rapaz electrificou Sebastião. O rapaz colaborou baixando as cuecas. Os dedos de Sebastião, trémulos mas decididos, tocaram no pénis erecto. Era definitivamente maior que o seu. 20 centímetros? Apertou-o com força e começou a punhetear. Enquanto fazia todos esses movimentos continuou a esfregar-se no traseiro do rapaz.
- Deixa-me virar. Também te quero tocar.
A voz saiu rouca e estranha, diferente da voz adolescente que se ouvira ainda há pouco. Mas Sebastião pouca atenção prestou a esses detalhes. Afastou-se também um pouco e desapertou as suas calças. A mão do rapaz avançou. Ficaram lado a lado, cada um deles com uma mão no sexo do outro, mas sem se olharem nem trocarem quaisquer palavras. Espremiam e massajavam com igual excitação - inábil mas impetuosa, descoordenada mas ávida.
O prazer que a mão do rapaz dava a Sebastião era muito aumentado pelo facto de sentir o pénis dele na sua própria mão e pela concomitante e deliciosa ideia de se estarem a punhetear um ao outro. A ideia, a representação mental do que estava a fazer, multiplicava o prazer físico.
- Vamos experimentar uma coisa.
- O quê?
Sebastião pôs-se em frente do rapaz e aproximou o seu pénis do dele. Uniu-os com as mãos e começou a mover-se para trás e para frente. Retirou uma mão para dar lugar à suada mão esquerda do rapaz. Enquanto tentavam coordenar o atrapalhado vai e vem (queriam que os pénis deslizassem um sobre o outro e ao mesmo tempo se mantivessem firmemente agarrados, o que não era fácil de conciliar devido à falta de um creme e, principalmente, à falta de experiência de ambos), cada um deles usou a mão livre para tocar no corpo do outro. No peito, nos braços, no pescoço e, de modo tímido e fugidio, nas nádegas. Apesar do desconcerto dos movimentos, Sebastião sentia um prazer como nunca tinha sentido em toda a sua vida. A respiração de ambos tornou-se mais intensa e não conseguiram conter alguns gemidos, que nenhum turista ouviu pois o castelo àquela hora estava vazio.
Quando o orgasmo chegou o espírito de Sebastião foi invadido pela ideia de chupar o sexo ao rapaz. “Vou fazer-lhe um broche! Vou engolir-lhe o caralho até aos colhões!” Quase tão bom como o prazer que sentiu enquanto ejaculava, foi sentir o esperma morno do rapaz saltar para a sua pele e escorrer gota a gota pelo pénis e pelos pentelhos abaixo, caindo nas lajes centenárias daquele castelo nunca vencido. Sebastião não sabia explicar porquê, mas a ideia de, pela primeira vez na sua vida, ter relações sexuais com outro homem num lugar tão antigo e venerável como aquele contribuía um pouco para o deleite e carácter maravilhoso da experiência. O rapaz também estava encharcado. Ficaram um diante do outro a arfar satisfeitos. Estavam tão felizes que nos seus rostos transparecia menos vergonha e medo do que na realidade sentiam.

Sem comentários:

Enviar um comentário