Tomé nem queria acreditar: a dona Fátima da mercearia estava meio deitada sobre os sacos de batatas e João Calado, o rapaz negro que ia entregar as hortaliças que ela comprava na horta do velho Espraguina, penetrava-a por trás. Tomé ficou a espreitar, escondido atrás da prateleira das massas e do arroz. "Com força, enfia com força", gemia ela. Quando, depois de alguns gemidos mais intensos, o rapaz se desenfiou e dona Fátima se levantou, Tomé saiu silenciosamente para a rua. Dois minutos depois voltou a entrar, com um sonoro "boa tarde" a acompanhar o segundo passo. Viu diante de si o rapaz, que não tinha mais de 16 anos ("o sortudo do preto", pensou Tomé, com simpatia), carregando duas caixas vazias. Por seu turno, dona Fátima varria a mercearia: jogava a vassoura debaixo das prateleiras com um ar tão atarefado e compenetrado que parecia estar a fazer aquilo há pelo menos uma hora.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
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passando para te deixar um olá e um beijo
ResponderEliminar{ísis}_MN
Se é uma opção... se calhar.. opção de ser livre e não querer pertencer a um "padrão estupido da sociedade que ser magro é que é bonito"
ResponderEliminarTodas as mulheres podem ser lindas independentemente do peso!!
Axo que respondi sua pergunta.. qualquer duvida é so falar!
bjinhos
Hehehe demais seu mini conto!
ResponderEliminarPenso que situações assim devem ser corriqueiras na vida de algumas pessoas... e deve fazer alguma diferença para elas. Espero que bem!
Pelo que percebo é especialista neles. Ou não? ;)
Um beijo com amizade.
Me gusta tu relato
ResponderEliminarUn abrazo
BB
Jaime,
ResponderEliminarQual parte você quer que eu repita da postagem "guardanapo de buteco"? no papagaio mudo.
Não entendeu é ironia...
Abraço,
Gustavo
http://papagaiomudo.blogspot.com/
ps: Acho que Portugal vai ganhar essa Copa do Mundo. Já pensou?
Vim retribuir a visita em nosso blog e com que eu me deparo?
ResponderEliminarFantástico!
Há tempo que não via algo tão bem escrito em um blog...
Já estamos a seguir-te.
Lia