PISTAS PARA O TESOURO

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A tesão do senhor engenheiro

- O que pensa da crise económica, senhor engenheiro? Parece uma infecção, uma virose das piores, não é?
- Quero lá saber disso. Só me apetece é cobrir! Penso em gajas de manhã à noite.
- Mas, o senhor é ministro e …
- Por uma boa cona mandava toda a gente para o desemprego e para a puta que os pariu!
- Mas e a miséria? Já começa a haver fome…
- Já disse que não quero saber. Quero é gastar a minha tesão e foder, foder, fod…
- Ok, mas veja lá se não se não acaba também fodido, seu…
Tomé ia acrescentar “cabrão egoísta e egocêntrico”, mas limitou-se a virar-lhe as costas com desprezo.

sábado, 2 de abril de 2011

Agridoce

- Sonhei que, ao fazer-te um minete, a tua cona prendia a minha língua e a mordia, como se tivesse dentes.
- Quem me dera!
- … Não acordei assustado, como sucede depois dos pesadelos. Mas também não me sentia contente.
- Humm…
- Era uma sensação estranha, sabes?
- Estranha?
- … Quer dizer, ambivalente: boa e má ao mesmo tempo, doce e amarga, quente e fri…
- Oh, querido! Não te deixes enganar pela cona e pelo minete! O teu sonho não tem nada a ver com sexo. O sexo é inteiramente bom. Essa ambivalência, essa mistura agridoce, é nada mais nada menos do que uma descrição da vida.
- Da vida?
- Da Vida!